terça-feira, 10 de agosto de 2010

OS FOGOS FLORESTAIS EM PORTUGAL

Todos os anos é sempre este triste “fado” Portugal a arder. Desde os anos 70/ 80 do século passado esta triste sina é repetida ano após ano. Várias causas contribuem para que os fogos aconteçam e talvez a maior seja a desertificação do interior do país, é na minha opinião o maior motivo, sendo eu natural da Beira Baixa (Concelho de Pampilhosa da Serra), já assisti a vários incêndios de grande intensidade no meu Concelho e sempre incontroláveis nas primeiras horas, é fácil constatar que a falta de limpeza das matas o abandono dos campos – com grandes silvados e ervas – são rastilho para a propagação do fogo. Estes campos – que já foram o sustento de muitas famílias – estão normalmente dentro ou ao pé das povoações o que provoca grandes aflições nas poucas pessoas que ainda habitam nessas localidades. O curioso disto é que os grandes culpados da falta de limpeza das matas são os que abandonaram o interior para vir para as grandes cidades e assim penalizam os que lá ficaram, de duas maneiras, primeiro porque são os causadores do despovoamento e em segundo abandonam também o que os seus pais – muitas vezes com grandes sacrifícios – lhes deixaram de herança. O estado devia obrigar, mas obrigar mesmo que pelo menos numa faixa de 50 metros em redor de qualquer construção não houvesse algum tipo de material que proporcione a propagação do lume e caso a lei não fosse cumprida retirar por e simples o património ao proprietário.